HomeNotíciasPandemia Silenciosa: O Grave Impacto das Doenças Neurológicas Globais

Pandemia Silenciosa: O Grave Impacto das Doenças Neurológicas Globais

Uma descoberta científica divulgada recentemente revelou dados estarrecedores. De acordo com um estudo elaborado pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), sediado na Universidade de Washington, uma parte significativa da população mundial está sofrendo de doenças neurológicas.

A pesquisa, uma ampla análise global, mostra que quase metade da população mundial enfrenta algum tipo de distúrbio neurológico.

Este levantamento, parte do chamado Estudo Global de Carga de Doenças, ressaltou que, apenas em 2021, mais de 3,4 bilhões de pessoas foram afetadas. Dessas, cerca de 11,1 milhões de vítimas estão sucumbindo a essas enfermidades.

No entanto, a pesquisa não levou em consideração males psiquiátricos frequentes. Como, por exemplo, a depressão e ansiedade, que juntas afetam um bilhão de pessoas em todo o globo, ampliando ainda mais a projeção dessas estimativas.

Quais são as doenças neurológicas mais comuns?

Imagem de antibióticos (Fonte: Reprodução/Getty Images)

O estudo destacou algumas doenças mais frequentes que fazem parte deste triste panorama.

Entre elas, a enxaqueca, neuropatia diabética e o acidente vascular cerebral (AVC). Doenças que afetam milhões e representam um grande desafio para os sistemas de saúde ao redor do mundo.

Surpreendentemente, doenças pediátricas, como autismo e déficit de atenção, representam um alto índice de incapacidades a longo prazo.

Como o estudo do IHME foi realizado?

Concebida através da colaboração de milhares de especialistas internacionais, investigação do IHME analisou a prevalência, mortalidade e morbidade destas condições em 204 países.

Dessa forma, os resultados indicaram uma concentração das enfermidades neurológicas em dois picos de idade: nos dois primeiros anos de vida e a partir dos 60 anos.

Precisamos de novas abordagens para tratamentos neurológicos?

Um dos maiores desafios apontados pela análise é a necessidade urgente de inovação em tratamentos.

Visando atender a magnitude dos casos, o estudo sugere que novas terapias e estratégias de manejo clínico precisam ser desenvolvidas.

Este panorama demanda urgentemente uma revisão das políticas públicas de saúde, uma vez que muitos países ainda carecem de diretrizes específicas para enfrentar essas doenças.

Ilustrando isso, o estudo apontou um dado preocupante: em 2017, apenas 46 dos 194 países analisados possuíam políticas públicas voltadas para o manejo de doenças neurológicas.

A prevenção, através da redução de exposição a fatores de risco conhecidos, poderia evitar muitos dos impactos a longo prazo causados por esses males, especialmente os relacionados a derrames, principais causadores de incapacidades.

Inovação e Perspectivas Futuras

Por fim, diante dessa realidade, novos métodos como telemedicina, hospitais virtuais e os avanços das interfaces cérebro-máquina, são esperançosos.

Estes métodos estão pavimentando o caminho para um futuro onde o manejo e o tratamento de distúrbios neurológicos podem ser significativamente transformados.

Dessa forma, à luz desses desafios, as inovações destacam-se como um fio de esperança para desembaraçar este intricado emaranhado de condições que afetam bilhões e exigem uma ação global coordenada e eficaz.

Comemorando avanços recentes e trabalhando em conjunto, a comunidade científica e os governos ao redor do globo têm a responsabilidade de expandir e desenvolver tratamentos que possam oferecer uma melhor qualidade de vida aos afetados por essa pandemia silenciosa.

O caminho é árduo, mas com esforço conjunto e inovação contínua, é possível vislumbrar uma melhoria significativa no panorama mundial das doenças neurológicas.