Após intensas negociações, técnicos-administrativos e professores dos Institutos Federais (IFs) e outras unidades de ensino básico, técnico e tecnológico finalmente chegarão a um consenso sobre os termos de reajuste propostos pelo governo federal. A decisão de encerrar a greve veio por meio de uma votação realizada em plenária pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), com um resultado expressivo de 89 votos a favor e apenas 15 contrários.
O Sinasefe anunciou que a paralisação seria suspensa imediatamente após a formalização dos acordos com o Ministério da Gestão e Inovação. Com os olhos voltados para esta quarta-feira (26), existe um clima de expectativa e alívio entre os envolvidos, já que as atividades educacionais estão previstas para serem retomadas sem maiores prejuízos.
Quais são os Detalhes do Acordo?
Os acordos abrangem não apenas os IFs, mas também o corpo docente e técnicos-administrativos de universidades federais, que ainda aguardam o encerramento de suas respectivas greves. Embora algumas categorias ainda estejam em fase de análise e negociação dos termos propostos pelo governo, os avanços já são significativos.
Impacto das Greves no Calendário Acadêmico
As greves nos institutos e universidades federais causaram preocupações significativas quanto ao calendário acadêmico. Com a suspensão temporária das atividades, alunos e professores foram igualmente afetados, gerando um cenário de incerteza. Com o anúncio do fim das paralisações, espera-se uma normalização gradual das atividades educacionais, minimizando maiores complicações.
Reajustes e Benefícios Aprovados
Os reajustes salariais aprovados são diferenciados para cada categoria. Para os técnicos-administrativos do ensino básico, estão previstos dois aumentos: um de 9% em janeiro de 2025 e outro de 5% em abril de 2026. Além disso, o acordo inclui melhorias nas remunerações por progressão de carreira e a introdução do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) em 2026, que promete valorizar as titulações acadêmicas dos profissionais.
Os professores, por sua vez, terão uma escala de reajustes também pensada para 2025 e 2026, com percentuais que refletem as necessidades e a importância de cada classe dentro do sistema educacional federal. O governo também propôs a revogação de uma portaria de 2020, que aumentou a carga horária semanal mínima para professores, uma demanda antiga da categoria.
As paralisações nas instituições federais de ensino sinalizam um período crítico de negociações, mas, com esses novos acordos, abre-se um novo capítulo para a educação brasileira. Agora, com os termos aprovados e as atividades prestes a serem retomadas, alunos e professores podem esperar por um ambiente acadêmico mais estável e propício ao desenvolvimento educacional e profissional.