A desvalorização do real em abril foi significativa, atingindo 4,5%, a maior entre as moedas dos países do G20. Comparado a outras moedas, como o iene japonês, o rublo russo, o peso mexicano e o won coreano, que também tiveram desvalorização de 2% em relação ao dólar, o real se destacou.
Enquanto isso, o euro e a libra esterlina registraram desvalorizações de menos de 1% em relação ao dólar americano durante o mesmo período. Saiba mais sobre a desvalorização do real neste artigo!
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Desafios econômicos e geopolíticos abalam os mercados
Os mercados globais enfrentaram turbulências esta semana devido a eventos econômicos e geopolíticos. No Oriente Médio, um ataque do Irã a Israel com mísseis e drones aumentou os temores de um conflito regional em crescimento.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve indicou que as taxas de juros serão reduzidas de forma mais gradual do que o esperado, após dados econômicos mostrarem que a inflação não está diminuindo conforme o desejado pelas autoridades.
Isso levou a um aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, o que valorizou o dólar e gerou preocupações globais entre investidores sobre os impactos negativos prolongados na economia. Como resultado, os mercados acionários sofreram quedas significativas, incluindo o Ibovespa no Brasil, o Dow Jones e o Nasdaq nos EUA.
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Real desvaloriza mais do que as outras moedas
O ministro da Economia, Fernando Haddad, atribuiu grande parte da desvalorização do real brasileiro a fatores internacionais nesta semana. Entretanto, o real se depreciou consideravelmente em comparação com outras moedas globais durante este mês. Confira o gráfico abaixo:
Analistas de mercado apontam que o anúncio do governo brasileiro de não cumprir as metas de superávit fiscal até o final do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva tem sido um fator significativo para a desvalorização do real.
As políticas fiscais do governo influenciam diretamente os juros e o valor da moeda nacional. Quando o governo arrecada mais do que gasta, isso gera um superávit fiscal, reduzindo o endividamento público e contribuindo para a estabilidade econômica, incluindo a queda dos preços, dos juros e dos custos.
Mercado revisa projeções com impacto da desvalorização do real
A conjuntura internacional, marcada pela desaceleração gradual dos juros nos Estados Unidos, combinada com fatores domésticos, como o anúncio de que o governo abandonará as metas de superávit fiscal, levou o mercado financeiro a revisar suas projeções para o futuro, conforme indicado pelo boletim Focus do Banco Central brasileiro.
A nova expectativa dos agentes de mercado é que a taxa Selic, principal referência de juros na economia nacional, encerre o ano em uma média de 9,13%, em comparação com a projeção anterior de 9%. Além disso, a previsão para a cotação do dólar ao final do ano subiu de R$ 4,95 para R$ 4,97.
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