Um novo golpe no consignado está sendo aplicado com a possível participação de funcionários do INSS. Os dados dos beneficiários estão sendo vendidos para os golpistas com a finalidade de contratar consignado sem o conhecimento dos titulares, o que gera prejuízo já que desconta os valores das parcelas. Confira mais informações:
Em matéria exibida pelo programa Fantástico, houve a denúncia de um novo golpe que está acontecendo contra os beneficiários do INSS. Os criminosos estão comprando, de forma ilegal, pacotes com documentos e dados dos beneficiários e, dessa forma, conseguem contratar empréstimo consignado em nome dessas pessoas.
Golpe no consignado envolve kit fraude
De acordo com a polícia que está investigando, as quadrilhas conseguem dados e documentos na internet, além de contar com a ajuda de funcionários do INSS. Além disso, grupos de aplicativos de mensagens revelam um mercado clandestino de documentos e tinha até um ranking para ver quem lucrava mais.
Dá para comprar inclusive o chamado “kit fraude”, formado por identidade e selfie que a pessoa tira mostrando o documento, e que serve como uma espécie de assinatura eletrônica para contratos de crédito, como empréstimos.
Os criminosos também conseguem desbloquear o aplicativo Meu INSS para empréstimos, além de trocar as senhas. O ministro da Previdência pediu abertura de investigação na Polícia Federal. A Federação Brasileira de Bancos informou que acompanha permanentemente todos os temas relacionados à segurança cibernética, ainda que eles não tenham origem no sistema financeiro.
Dessa forma, há a possibilidade de contratar empréstimo consignado mesmo sem a presença do beneficiário do INSS. Os próprios golpistas conseguem fazer a contratação.
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Casos registrados desde 2022
No ano de 2022, 57.874 queixas de golpes de empréstimo consignado foram registrados nos Procons em todo o Brasil. Isso dá mais de 6 denúncias por hora.
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Suspeitos de aplicar golpe no consignado já foram detidos
Na última quarta-feira (5), cinco pessoas foram alvos de busca e apreensão pela “Operação Backup” de uma Força Tarefa realizada pelo Ministério da Previdência Social. As buscas aconteceram nas cidades de Teresina (PI) e São Paulo (SP).
O grupo criminoso foi responsável por dois ataques cibernéticos em agências do INSS no Estado do Piauí neste ano. As investigações identificaram que os ataques visavam extrair, incluir, alterar e inserir informações, remotamente, nos bancos de dados da Previdência Social, a fim de obterem vantagem indevida.
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Fonte: João Financeira.