A disparidade salarial entre homens e mulheres durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou. Em 2023, as mulheres ganharam, em média, 20,7% menos do que os homens, segundo o relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A pasta elaborou o documento com base em dados de 50 mil empresas com cem ou mais empregados. Apresentados pela Lei de Igualdade Salarial aprovada em 2023, esses números visam trazer mais transparência sobre a remuneração no mercado de trabalho.
Desigualdade Salarial entre Homens e Mulheres
O relatório destaca que, no primeiro relatório do governo em março, a diferença salarial era de 19,4% desfavorável às mulheres, com dados de 2022. Porém, a situação piorou ao longo de 2023.
Por que a Diferença Salarial Aumentou?
Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, afirma que a desigualdade no mercado de trabalho se deve ao fato de as mulheres ocuparem, geralmente, cargos com salários menores. “Em 2023, houve um forte crescimento da geração de empregos para mulheres, mas são vagas que pagam menos”, disse Paula Montagner. “Então, a diferença se ampliou um pouco. Esses postos de trabalho precisam de salários maiores.”
Impacto nas Médias Salariais
Para ter uma visão mais detalhada, em 2023, a média salarial das mulheres foi de R$ 3,5 mil, enquanto a dos homens foi de R$ 4,4 mil. Este dado aponta uma disparidade significativa e crescente na desigualdade salarial entre gêneros. Paula Montagner acredita que a solução passa por compartilhar boas práticas entre empresas.
O que Diz a Lei de Igualdade Salarial?
A Lei de Igualdade Salarial demanda que empresas com cem ou mais funcionários publiquem relatórios de transparência salarial. Aqueles que não o fizerem serão multados em até 3% da folha de pagamento, com limite de cem salários mínimos. “A gente vai tentar conversar com as empresas”, afirmou Paula Montagner. “Primeiro educa e, se a empresa for resistente, é multada.”
Próximos Passos para Reduzir a Desigualdade
Segundo Paula Montagner, o próximo passo é dialogar com as empresas que apresentaram resultados mais positivos para compartilhar boas práticas com outras empresas brasileiras. A intenção é reduzir a diferença salarial através de educação e maior transparência. “Nenhuma companhia foi multada depois da divulgação do primeiro relatório”, explicou Montagner.
Resumo das Alternativas
- Educação e transparência para empresas.
- Compartilhar boas práticas de empresas com melhores resultados.
- Multas para empresas que não cumprirem a Lei de Igualdade Salarial.
Com essas medidas, o governo espera reduzir a disparidade salarial entre homens e mulheres, promovendo um mercado de trabalho mais justo e inclusivo para todos.