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URGENTE: Copom decide manter a taxa Selic em 10,5% ao ano- Veja os impactos dessa taxa

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou, unanimemente, no dia 31 de julho, por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. Ou seja, todos os diretores do Copom (inclusive aqueles indicados pelo presidente Lula) e o presidente do Banco Central, Campos Neto, decidiram manter a taxa no mesmo patamar que o anterior.

Nos últimos dias, vimos diversas manifestações de Lula para que o Banco Central reduzisse os juros. Mas a instituição entende que o cenário atual das contas públicas pode levar a uma alta na inflação caso a taxa Selic caia. Vejamos a seguir as alterações que a redução da taxa Selic pode levar!

Evolução da Taxa Selic

Já é a segunda vez consecutiva que a taxa básica de juros permanece inalterada após uma reunião do Comitê. A taxa se encontrava em 13,75% ao ano em julho do ano passado. Assim, em agosto, o Banco Central deu início a uma série de cortes, todavia, as reduções tiveram cessão na última reunião do Copom, em junho, por unanimidade.

Mesmo permanecendo em 10,50% ao ano, a taxa segue no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando se encontrava em 9,25% ao ano, mas depois subiu.

Redições na Taxa Selic não vão ocorrer até o próximo ano!
Reduções na Taxa Selic não vão ocorrer até o próximo ano! (Fonte: Jornal JF)

As razões apresentadas pelo Copom

O Banco Central citou novamente que as contas públicas têm forte impacto nas decisões sobre os juros no país. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está atualmente lutando pela meta de déficit zero nesse ano e em 2025. Mas há receio no mercado sobre a viabilidade desse objetivo.

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz o comunicado.

O texto ainda menciona incertezas externas e o aquecimento do mercado de trabalho no país.

Dessa forma, ao anunciar a decisão unânime de manter a taxa inalterada, o Comitê ressaltou também “que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta”.

“O Comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, concluiu.

O Copom

O Comitê de Política Monetária é composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia. Desses, 4 foram indicados por Lula.

A taxa Selic é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação. A taxa influencia todas as outras taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Expectativa do mercado

Para encerrar 2024, o mercado estima uma permanência da taxa de juros básica da economia em 10,50% ao ano, segundo o relatório “Focus”, que saiu na última segunda-feira (29) pelo Banco Central. A pesquisa é feita com mais de 100 instituições financeiras.

Ou seja, não haverão mais cortes da taxa Selic nesse ano. Os economistas do mercado financeiro já esperavam que a taxa Selic fosse permanecer no atual patamar de 10,50% ao ano, após sete reduções seguidas promovidas pelo Banco Central desde agosto do ano passado.

Reuniões em 2024

Por fim, o Comitê de Política Monetária (COPOM) costuma se reunir a cada 45 dias para estipular o novo teto da taxa Selic. Em 2024, o colegiado pretende se reunir mais três vezes:

  1. 17 e 18 de setembro;
  2. 5 e 6 de novembro;
  3. 10 e 11 de dezembro.